O ronco é uma manifestação do organismo frente à dificuldade respiratória que ocorre durante o sono, sendo causado pela vibração dos tecidos posteriores da garganta, resultando em maior resistência das vias aéreas à passagem do ar. A obstrução das vias aéreas provoca o que chamamos de apnéia, que consiste na parada momentânea da respiração, podendo ocorrer diversas vezes durante uma noite de sono, provocando prejuízos ao organismo como sonolência e cansaço diurnos, diminuição de concentração, envelhecimento precoce e desenvolvimento precoce de doenças degenerativas como o Mal de Parkinson, arritmias e hipertensão arterial com suas consequências como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. A apnéia obstrutiva do sono ocorre, principalmente, em pessoas com sobrepeso, mulheres na menopausa e em indivíduos que dormem de barriga para cima e que consomem bebidas alcoólicas no período da noite. As pausas respiratórias que caracterizam a apnéia do sono geralmente precedem movimentos respiratórios profundos com múltiplos despertares durante a noite, que são reflexos protetores do sistema nervoso central frente à diminuição da oxigenação imposta pela apnéia. Outros fatores também podem estar relacionados ao ronco, como: idade, estresse, estilo de vida, sedentarismo, obstruções nasais, problemas hormonais (hipotireoidismo) e o tamanho da mandíbula (queixo pequeno). O uso de bebidas alcoólicas, antidepressivos e relaxantes musculares podem gerar ou agravar o ronco e as apnéias, pois provocam um relaxamento maior dos músculos da garganta favorecendo o colapso. A obesidade e a deposição de tecido adiposo na região cervical dificultam a passagem de ar pelas vias aéreas provocando obstrução e apnéia. A polissonografia é exame de eleição que comprova a presença do ronco e quantifica a severidade da apnéia; opção com Sistema Biologic, aonde a monitorização do sono faz-se no ambiente domiciliar. O tratamento do ronco e da apnéia é multidisciplinar. Ortodontistas, com especialização na área do sono podem atuar de forma decisiva, quando há indicação de aparelho intra-oral. Este equipamento reposiciona a mandíbula impedindo o colapso dos tecidos da garganta, proporcionando melhora da passagem de ar com diminuição do ronco e dos episódios de apnéia. O CPAP, outra ferramenta terapêutica utilizada na apnéia do sono, consiste em uma máscara nasal de oxigênio com pressão positiva que mantém a oxigenação respiratória. O restabelecimento do sono fisiológico com minimização de roncos e apnéias proporciona descanso restaurador, disposição melhorada às atividades diárias, melhor qualidade de vida e prevenção de doenças potencialmente graves.
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